Pecadora
Tinha no olhar selênio, aveludado,
A chama cruel que arrasta os corações,
Os seios rijos eram dois brasões.
Onde fulgia o símbolo do Pecado.Bela, divina, o porte emoldurado.
No mármore sublime dos contornos,
Os seios brancos, palpitantes, mornos,
Dançavam-lhe no colo perfumado.
No entanto, esta mulher de grã beleza,
Moldada pela mão da Natureza,
Tornou-se a pecadora vil.
Do fado,
Do destino fatal, presa, morria.
Uma noite entre as vasas da agonia.
Tendo no corpo o verme do pecado!